terça-feira, 30 de maio de 2017



Deputado Caio Roberto pegou ar e, “como pessoa humana ofendida e humilhada”, mandou os “multifascistas” se lascarem em bandas. Ele pegou só o sebo da proteína da Friboi.

BLOCO 4 do Multimistura no Radiotube:


domingo, 28 de maio de 2017

POEMA DO DOMINGO


MINHA FINALIDADE 
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Em versos meus jamais rebente e cresça 
Bálsamo algum que a flutuar conduz!
Antes o anticatártico, a antiluz
Que o leitor, sob horror, jamais esqueça.
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Nódoas inflamem lindos lábios nus,
Rachem-se, vis, cabeça por cabeça,
A garganta de um príncipe apodreça,
Dos mamilos das fadas jorre pus.
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Só degenerações acolho e afago,
Como o fedor total d’alma de Iago,
Apodrecendo meio grão por dia...
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Se os homens matam e roubam, ferem e mentem,
Que mil cães espartanos me atormentem
E jamais deixem em paz minha poesia.

Arturo Gouveia


sábado, 27 de maio de 2017

COLUNA DE DAMIÃO RAMOS CAVALCANTI

 O garfo, a colher, o meio e o fim 



          Os italianos de Veneza, nos meados do século XI, pelas nobres mãos da Princesa Teodora, trouxeram de Constantinopla um garfo de ouro, de dois dentes, para espetar comida. Daí, esse talher atraiu, numa longa história, à mesa outros talheres; invadiram Milano, Firenze e o resto da Europa; e Portugal, através da Coroa, trouxe garfo de prata, já com quatro dentes, ao Brasil dos nativos; onde e quando somente usados por ricos senhores e autoridades da Monarquia. O costume se espalhou, descendo à senzala; e, nos dias hoje, também às palhoças indígenas.
          O garfo se define como utensílio para espetar a comida e levá-la à boca; no entanto, há quem o utilize até para cometer crime. Mas não é essa sua finalidade, como também substituir a colher para nos servir sopa; tampouco se espeta carne com uma colher. A cada talher seu adequado uso. Também na organização social, a cada um de nós, conforme nossa vocação, formação, habilidade, capacidade e competência, cabe uma adequada função na distribuição do trabalho.
          Por analogia, poderia-se comparar o garfo ao meio; e a comida, ao fim.  O meio serve ao fim, e não o inverso: O fim ao meio. O fim causa, motiva e  nos move à ação; o meio é instrumento, apoio, e às vezes dispensável. De modo que come-se sem o garfo, mas não se come sem a comida... Na sociedade e em muitas instituições, há quem, exercendo a  atividade meio, em vez de ser apoio, faz obstáculo à  atividade fim, impulsionado pela vaidade e pela exibição de poder. O que seria, na hora de espetar, a colher querendo ser garfo. Isso se espelha no ganancioso do dinheiro que vai ser "político", dizendo-se nosso representante, para agir como businessman nos negócios de ocasião; e em vez de mulher ou homem público, tudo supera para, de qualquer forma, acumular moedas, propinas e "vantagens" para si, como se fosse um insaciável banqueiro. Usemos bem os talheres: Para o garfo ser garfo; a colher, colher; ou cada um exercer, com autenticidade, dedicação e honestidade, a sua função...
 
Damião Ramos Cavalcanti


sexta-feira, 26 de maio de 2017

MULTIMISTURA - BLOCO 2

MULTIMISTURA comenta o caso do índio Tabajara que foi excluído da taba dos irmãos cara de pau.

Luiz Couto ganha enquete do MULTIMISTURA para Governador. 

MULTIMISTURA funda novo partido: o “Fudemos”.

MULTIMISTURA continua o papo furado, comentando as bandalheiras, bundalheiras, bagaceiras e beraderas do Brasil varonil:  


quinta-feira, 25 de maio de 2017

BLACK-BLOC 1 DO MULTIMISTURA

Anarquistas sem causa tocam fogo no Multimistura

Gravação no RadioTube:


sábado, 20 de maio de 2017

Forrozeiro itabaianense é o entrevistado da semana no “Alô comunidade”

O “Alô comunidade” recebe Aracílio Araújo na edição deste sábado (20) na Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 KHZ). Ancorado por Fábio Mozart, o programa começa às 14 horas e pode ser ouvido também pela internet, no portal da emissora: www.radiotabajara.pb.gov.br

Entre outras parcerias famosas, Aracílio gravou com Alceu Valença no CD intitulado “Forró de Todos os Tempos”, assinando cinco de suas obras. No dizer de Alceu Valença, o compositor e cantor Aracílio Araújo, “É uma formidável máquina de fazer forró”. De fato, desde 1971, quando deixou a sua terra natal, não parou de emplacar as suas composições na gravação dos mais renomados artistas nacionais, como o próprio Alceu Valença; Elba Ramalho; Fagner; Marinês e Sua Gente, além de artistas de sucesso regional como: Flávio José, Alcimar Monteiro, Maciel Melo e muitos outros.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

MULTIMISTURA BLOCO 2

Mais um vereador de Bayeux agraciado pelo MULTIMISTURA com o Troféu Zé do Caixão

Depois do ET de Varginha, do Chupa-Cabra e do Governo Temer, outra aparição assombra o Brasil

PMDB na pindaíba pede ajuda para sair da crise

Neste bloco do MULTIMISTURA:

domingo, 14 de maio de 2017

COLUNA DE DAMIÃO RAMOS CAVALCANTI

 Mãe que se ausenta 

          

  As brasileiras "raparigas" não são conceituadas, nem tratadas como as raparigas portuguesas, do além mar, nossas lusitanas descobridoras; são termos iguais, mas que soam diferentemente. As primeiras foram retiradas de casa pelas prementes necessidades da vida e transformadas em "mulheres da vida". Já as segundas, preservam seu significado no recato familiar. No entanto,  a natureza não nega a todas elas belos olhos, pretos, castanhos, verdes e azuis: Brilhantes das suas belezas. E também doçura , bondade e honestidade consigo e com os outros, perseverantes virtudes de Sônia, em Crime e Castigo , de Dostoievski.  
          Honradas mulheres, nunca atingidas pelos insultos que seus filhos arrumam nas brigas de rua, quando o rancor reflui de quem insulta ao filho  e não contra sua genitora que permanece incólume, ilesa, inatingível e respeitada porque é mãe. A maternidade é como se fosse um imenso sertão fazendo nessas mulheres a  fortaleza da acepção euclidiana: A mãe é, antes de tudo, uma forte, mais forte do que a mulher, mais forte do que o homem;  força de bondade e graciosidade, seja nas circunstâncias de repreensão, seja nas de afago, porque é mãe.
          Mulheres verdadeiras, inteligentes, às vezes, incultas enquanto se escondem apenas na sabedoria popular; outras, charmosas, cultas enquanto exibem o que sabem; balançam os brincos quando falam; mostram os anéis quando gesticulam; cruzam as pernas e salientam os sapatos. Mas todas elas demonstram naturalidade e  simplicidade quando são mãe; disso ganham imensurável universalidade: São mulheres que possuem , são mulheres que pertencem; simples como as árvores, cultivadoras dos seus frutos. Só há um lugar onde não se precisa de amor, é onde houver a mãe... Este sentimento leva o adulto ou a adulta à infância, ao reencontro com a mãe que se ausenta para seus filhos crescerem.  



Damião Ramos Cavalcanti

sábado, 13 de maio de 2017

MULTIMISTURA - BLOCO 3 - (2ª semana de maio)


Galera do MULTIMISTURA também veste saia em solidariedade aos vereadores do Conde. 

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“Maconha é a mais pesada das drogas, só perdendo para este programinha de merda e o governo de Temer” (Ameba)
Escute MULTIMISTURA, o programa careta respondendo tudo sobre drogas que você nunca teve coragem de perguntar:

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Juiz da 1ª Implicância lança candidatura de Lula

Se liga no bloco 1 do MULTIMISTURA:


quarta-feira, 10 de maio de 2017



Rapaz, no Brasil tudo acontece. Eu sempre vi torcedor de time. Eu torço pelo Treze e sempre esculhambo o juiz. “Juiz ladrão! Fela da gaita!” Agora tem torcida pra o juiz. Nunca ouvi falar nisso. Tem cabra que cola até retrato do juiz no quarto, o ídolo. Já o bandeirinha, coitado, não é reconhecido. Em Curitiba, a torcida organizada do juiz da 1ª Implicância faz a maior escaramuça (gostou do escaramuça?) na partida entre o Sapo Barbudo e o Moro na Filosofia. Nas antigas, juiz era mais discreto. A nossa é uma terra de muitos juízes e pouco juízo.
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Vi documentário sobre Janis Joplin, morta em 1970 aos vinte e sete anos, de overdose de heroína. Muitas músicas dela traduzidas no filme. Confesso que fiquei um pouco decepcionado. Como não sei inglês, ouvia Janis como uma cantora de protesto. É rock psicodélico meio romântico, uma espécie de brega americano misturado com blues e soul.
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Dona Sílvia Patriota sugere que quem vai comprar seus presentes do dia das mães, compre os presentes de pequenas empresas, das mulheres e mães empreendedoras, de artesãos, das lojas do bairro, dos doceiros que fazem doces artesanais, de quem tem uma banquinha na sua rua. Que tal cada um construir seu próprio presente para sua mãe? Vou fazer uma bengala de madeira para a minha que sofre de artrose. 
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Vi ontem na TV Brasil, programa “Saideira”, com Antonio Pedro e Stepan Nercessian. Eles recebem amigos em uma mesa de bar. Bebem e conversam sobre assuntos diversos na maior informalidade. Uma clássica conversa de mesa de bar, formato que copiaram da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares no “Multimistura” comandado pelo Dalmo de Xangô no frequentadíssimo bar/estúdio 26.
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Meu compadre Chico Mulungu me convida para o encerramento de curso de produção de folheto de cordel da Secretaria de Cultura de Guarabira que será no dia 19 de maio. O curso acontece no Casarão da Cultura, no centro da capital do brejo da Paraíba.
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Em mãos, prospecto de divulgação do culto do Bispo Rodrigo Rosa. O Bispo informa que já foi no inferno sete vezes, morreu cinco vezes e se declara ex-aidético, ex-eleitor de Bolsonaro, ex-travesti e ex-líder do ministério dos gays gospel. A oferta mínima é de 150 reais.
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Rua no Conjunto Residencial Ernesto Geisel, em João Pessoa, tem sete igrejas protestantes e sete farmácias. Sete é o número da mentira, mas pode acreditar! Sete são os pecados capitais. Na lógica do mercado, tem muita correlação esse fenômeno.
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De um blog de notícias da fuleragem: “O presidente Michel Temer disse hoje que considera o seu “papel cumprido” e que sairá da vida pública no ano que vem. Analistas veem a afirmação de Temer como uma tentativa de aumentar a sua popularidade, que está em 5%.”
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Eu criei o Prêmio Leonilla Almeida em Itabaiana para homenagear mulheres que têm um trabalho cultural e social merecedor de reconhecimento. O Prêmio é ligado à Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, do qual fui fundador e Presidente. Este ano, sob nova direção, a entidade adiou a solenidade de entrega da comenda, sem data para acontecer. Portanto, comunico que não estou mais à frente do evento.



segunda-feira, 8 de maio de 2017

COLUNA DE DAMIÃO RAMOS CAVALCANTI



 A pedra e Hildeberto 

          pedra não nasce porque não tem vida; se a pedra nascesse, daria vida a outras vidas. Ela se constitui e se reconstitui de pó e casquilhas da poeira cósmica, sem moto próprio, ajudada pelo vento, voa desde as galáxias e tempos remotos; superior às precipitações, fragmenta-se, mas não morre, acumula-se em montanhas. Já na Terra, rola de ladeira abaixo aos pés das serras, espalha-se nas planícies ou nos rios. Parafraseando Heráclito, as águas do rio jamais lavam, duas vezes, a mesma pedra. As águas fazem a pedra bela, polida, redonda como os seixos, à semelhança das bolinhas de gude da nossa infância, tidos como gado, num curral de sabugos. E as meninas jogavam tais pedrinhas pra cima, aparando-as na mão, no jogo da bugalha, aqui chamado de "ossinho" e, culturalmente  na África, de "mathacozona". Segundo referências lógicas  ou epistemológicas, numa definição circular, geralmente infantil, mas muito profunda: A pedra é uma pedra...
          Hildeberto é hildeberto, mas, ao contrário da pedra, nasceu, tem vida, cresce e movimenta-se. E quando desprende a força da sua criatividade, dá vida a outras vidas; verifique-se nas filhas Mariana, Carolina e, por extensão, na neta Lara. Assim como "o efeito é a extensão da causa", as obras de Hildeberto são extensões dele mesmo; ama e cuida dos seus livros como se fossem partes de si mesmo. Confidencia-nos sua esposa Vera que sua biblioteca é o seu relicário. São mundos inseparáveis, livros e Hildeberto,  numa "única viagem", num longo caminho, que sempre chamarão de imortalidade.
          Volto às pedras de Aroeiras, cidade por ele carinhosamente chamada de "Comarca das Pedras", onde plantou árvores aroeiras, tornando-a também "Comarca de Hildeberto". Ele, por analogia, é uma pedra: Uma das pedras angulares da Academia Paraibana de Letras e das universidades onde ensina. No mundo letrado, é uma das pedras filosofais da palavra, da linguagem, da literatura, da arte literária e, sobre esse sujeito, das suas explicações. Poeta, de potencial criatividade, procura não perder sua inteireza, a seguir o poeta filósofo Fernando Pessoa: "Sê inteiro em tudo que fazes". Renomado por tais qualidades, constata-se que seu pai Hildeberto compreendeu a criança e, convencido por uma intuição profética, para seu orgulho e ouvida a mãe Dona Detinha, projetou-se no filho caçula, registrando-o e batizando-o com o nome de Hildeberto Barbosa Filho.
  
                                                    
 

Damião Ramos Cavalcanti

domingo, 7 de maio de 2017

POEMA DO DOMINGO



Xico Chaves

NADA A VER

Catemos agulha
no palheiro
daquela zona desabitada
salvaguardando o direito
de jamais ser encontrada.

Quem com ferro fere
opera com tecnologia
da idade do metal
e nunca se dá mal.

A pressa é inimiga
da plenitude e do apuro.
Quem se apressa
come puro,
ou seria duro?
Enfim, quem não tem colírio
Bate a cara contra o muro.
Nada a ver,
apenas curvar-se
à ditadura do verso.
Mas, sem futuro.

F. Mozart


terça-feira, 2 de maio de 2017

COLUNA DE DAMIÃO RAMOS CAVALCANTI

Julgar sem perseguir ou proteger        
           
          
          Porque perseguir ou proteger não é próprio de quem julga... Juiz não pode ser amigo do réu, nem tampouco inimigo.  Se com parcialidade, torna-se o juiz também réu. Como se praticasse um jogo de "cartas marcadas" entre o julgador e o acusado, tendo sempre o primeiro tendencioso poder para vencer e condenar o acusado. Quando caberia ao juiz buscar tão somente a evidência demonstrada e comprovada nos autos; e ele, tomado de imparcialidade, sem interesse para que seu "amigo" ou "inimigo" ganhe ou perca o jogo. Há quem condene mesmo com a acusação desprovida de fundamento.
          Pode o juiz ter amigo ou indesejadamente inimigo? Pode, isso é uma obviedade, mas não se ignore que seus amigos ou inimigos não devem ser julgados por ele, o Juiz. Um dos momentos mais felizes do Código de Processo Civil trata da imparcialidade da Justiça nas mãos de quem julga. Sobre tais casos, o princípio ético é radical: Que o juiz entregue o Processo a outro julgador. Lembro-me dos termos em latim, aprendidos no Curso de Direito: Quando o juiz  tem, com o réu ou requerente, relação de parentesco, de amizade, de simpatia ou de antipatia, deve eticamente, de sã consciência, declarar-se incompetente "ratione personae" a evitar desconfiança de que ele tenha tido interesse em atender às pretensões de alguém ou, quem sabe, dele próprio...
          juiz , quando demonstra essa tendenciosidade  por motivação religiosa, ideológica, política, partidária ou por outras razões, obriga-se a pedir nova distribuição, sentindo-se impedido à função de julgar; não deve contudo alegar impedimento para apenas mascarar omissão. Verificam-se, na midia, determinados magistrados declarando-se simpatizantes, antecipando-se à conclusão do Processo ou até manifestando-se antes da confirmação das provas. Se a Justiça veda os olhos para não sentir tais motivações, imagine como peca o julgador sentenciando segundo o seu gosto, mastigando, salivando, já ab initio, com a decisão pronta do que vai engolir... Enfim, julgar é proferir juízo, jamais, subjetivamente, opinião.
 

Damião Ramos Cavalcanti