quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Comeram a rainha do milho e o suspeito é o Visconde de Sabugosa


Eu aqui lendo “Os grandes julgamentos da História”, um livro capa dura sobre um alto funcionário do rei da França, nos tempos de capa e espada. O rei Carlos VII manda prender o superintendente real, Jacques Couer, o homem mais rico do reino e de toda a Europa daquele tempo. Tipo assim o dono da Odebrecht que foi fazer curso de leão por causa de uns escandalozinhos. O Rei, para se ver livre das dívidas, manda julgar o seu assessor direto que lhe emprestava dinheiro. O pretexto: a amante do Rei morrera de parto, e o bicho cismou que o seu genial agente financeiro foi o responsável. Acusado de bruxaria, o Jacques Couer foi julgado por um tribunal especial escolhido a dedo pelo Rei. O soberano absoluto tinha essa prerrogativa. Claro que o réu foi decapitado e sua riqueza dividida entre os juízes e o próprio Rei Carlos VII.

Tem o caso de dona Dilma que está para ser julgada por ter dado umas pedaladas fiscais, tipo assim tirar grana de um canto e botar em outro, tapar buraco, fazer as tais engenharias financeiras que todo governo fez, faz e fará. Os seus julgadores têm o olho comprido no poder e na possibilidade de deter a máquina da polícia e da Justiça que avança no lamaçal da corrupção, atingindo altas ratazanas de colarinho branco e passado sujo.

Machado de Assis: “A vida é a variação de meia dúzia de situações chaves”. E não é que é mesmo! Pegue os babados de agora e compare com a História do Brasil. Ta tudo lá e continua aqui. Em 1501, um ano após Pedro chegar ao Brasil, navegadores franceses chegam para explorar as quebradas. Exploram o mais que podem e começa a putaria da gente ceder o ouro e receber em troca as miçangas. Em 1530, inventam as capitanias hereditárias, em voga até hoje. Ou você não sabe que apenas seis famílias comandam toda a comunicação do país? E por aí vai. São mais de quinhentos anos com a gente caminhando em círculo. Quando se caminha em círculos, quem vai na frente, quem vai atrás?

Em 1595, o Rei Felipe II assina uma lei que proíbe a escravidão dos índios no Brasil. Dona Princesa Isabel assinou a lei de libertação dos escravos negros sob pressão dos ingleses, donos do mundo naquela época. Os estrangeiros poderosos sempre mandaram nos brazucas. Agora mesmo, falam de um golpe militar. Quem fala? Uns babacas ignorantes, desconhecedores das motivações econômicas e políticas que regem o mundo. Sem aval dos Estados Unidos não tem golpe. E eles estão satisfeitos com a embromação de dona Dilma.

Sim, outra constatação: não existe horário de verão para aposentado. E arroz doce com canela é tão bom! Não sei porque diabo de associação de ideias, me veio esse arroz que não experimento faz séculos. Tem gente que não ta nem aí pra essas pedaladas todas e só pensa num bodezinho assado com cará São Tomé e suco de abacaxi gelado, no que apoio totalmente.

Nota: o título dessa postagem não tem nada a ver. Apenas uma anedota que me passou pela cabeça. Foi mal!

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