domingo, 4 de outubro de 2015

POEMA DO DOMINGO




Meu senhor, minha senhora
minha criança, meu vagalume
o futuro não quer mais estrume
o futuro quer falar agora!

Agora, todas as esperanças!
Agora tudo o que ficou para traz
e que nunca deixou de ser...
Porque o futuro sempre esteve presente
embora inocentemente...

Nenhum amigo se fez tão antigo,
nenhum grito ecoou tão perto,
nenhum desejo se fez tão jardim...

Meu senhor, minha senhora,
é chegada a hora de dizer
                                agora.


Antonio Costa (1990)

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