quarta-feira, 19 de agosto de 2015



Viajando um pouco em projetos sem futuro, mas com um presente animador. Estudando muito para manter a fama de criador de casos. Meus gatos continuam me ignorando, não sei porque. Um grande amigo está para chegar, depois de trinta anos ausente. Doente do coração, tomador excessivo de meropéia, esse amigo manda dizer que vai cometer o desatino de beber um litro de uísque paraibano em nosso reencontro. Uma espécie de suicídio consentido, o que em si é uma puta besteira.  

Estou pra lançar um livro de poesia, onde até a capa foi feito por mim. Uma obra prima de sutileza e arte finória. Apesar de acusado de irresponsabilidade, o autor já vendeu todos os exemplares da edição limitada, antes do lançamento.

O mundo é grande mesmo e existe muita gente pequena. Acabei de crer. Mas todos bebem, dançam, riem, choram e morrem. Para todos, vale a pena a festa. Convidado para uma reunião de madames poetas. Não é má ideia conhecer senhoras letradas e emperiquitadas. A juventude ta perdida e encontrada em cada esquina, a velhice sobrevive bonita e confiante, apesar dos tremores nas mãos e os dentes amarelos. A juventude não vai dominar o mundo antes de acabar com o último velhinho sapeca e debochado. E isso não ocorrerá jamais, minha cara patrícia.

O que mais para hoje? Sim, Não tenho pé chato, nem tornozelo fraco, mas estou incapacitado para o esporte de caminhar por causa de artrose nos joelhos. Só posso me deslocar de bicicleta. Ontem, fui ao Sesc em João Pessoa para me inscrever na oficina de cordel do poeta Sander Lee. O porteiro impediu minha entrada com a bicicleta/moleta/cadeira de rodas/bengala. Disse que é ordem da direção do Sesc: não dar acesso a ciclistas. Achei tão lindo e edificante!

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