sexta-feira, 3 de julho de 2015

Reflexões de sábado


Meu compadre Hugo Tavares fantasiado de Capitão do Cavalo Marinho, no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar

A galera do Projeto “Livro na feira” quer aprender técnicas de contação de histórias e outros macetes para incentivar os educandos a se interessar por leitura. Outros, das oficinas de violão, adoram tocar para os alunos das escolas públicas nos saraus. Eu sou novato na área, mas diante do interesse do pessoal, estou me informando para passar algumas dicas sobre oficinas de leitura.
Modestamente, sinto orgulho de ter começado tudo isso. É certo que nem tudo dá certo. Meu sonho de organizar a biblioteca ainda é sonho. É uma longa história, depois eu conto. Por enquanto, vou trazer os livros para João Pessoa, tentar organizar o acervo e permanecer com o básico, cerca de 200 exemplares, em Itabaiana, para as ações do projeto Livro na Feira e as atividades nas escolas. Somos sonhadores. Vou iniciar essa oficina da palavra, quem sabe interessa a mais professores da cidade que tenham mesmo vocação para despertar consciências e compartilhar devaneios e ideais.
Por outro lado, estou pensando em aprender técnicas para gravar em madeira, xilogravura, com meu compadre Josafá de Orós, dia 11 de julho às 14 horas na Academia Paraibana de Letras, durante a 3ª Plenária da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.
E hoje vou tocar a “Canção do desterro” que eu fiz com o colega Hugo Tavares, em homenagem a esse grande artista e militante pelas causas nobres, que faleceu em 1º de julho. Será no programa “Alô comunidade”, transmitido pela Rádio Tabajara da Paraíba AM, na frequência 1.110 KHZ ou pela internet: http://radiotabajara.pb.gov.br/

Hugo Tavares é uma referência de decência e coragem. Foi um lutador nesse nosso mundinho onde coragem e a amorosidade são armas poderosas e necessárias para a construção de um mundo onde a desigualdade social não prevaleça; onde todos tenham o mesmo direito à saúde, segurança e educação; onde todos gozem de liberdade da palavra, de crença; onde ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. O poeta viveu construindo um mundo decente através da poesia, da música e da palavra forte no rádio livre. Cumpriu sua missão com dignidade.

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