terça-feira, 5 de maio de 2015

Os poetas ruins também são filhos de Bragi

A poeta Maria Leitoa não quis gravar entrevista

Na mitologia nórdica, Bragi ou Brágui, é filho de Odin e deus da sabedoria e da poesia. É o protetor dos trovadores. Fazer poemas é bom pra alma humana, mesmo que saiam ruins, conforme pensava o gaúcho Mário Quintana.
O ótimo poeta Lau Siqueira, em suas andanças pelas quebradas da Paraíba, foi não foi esbarra em um poeta com um catatau de versos, pedindo sua opinião e seu aval para publicar a versalhada. Como Secretário de Cultura, Lau é visto como uma espécie de avalista dos trabalhos de altíssimo nível inferior. “Por favor, por misericórdia divina, não tentem publicar livro ruim. A sociedade está precisando muito mais de bons leitores que de escritores. Apenas trabalhem infinitamente na metalurgia da palavra, até lascar os dedos e a mente. Não pensem que podem ir até a poesia. Ledo e Ivo engano. Deixem que ela venha até vocês”, implora Siqueira.
Tenho um compadre velho que merece prêmio pelo conjunto da obra. Não confundir com excremento. 
Então, em Belo Horizonte tem a Bienal dos Piores Poemas. Lema do evento: “Um lápis na mão e uma ideia ruim na cabeça.” A ganhadora deste ano foi Maria Leitoa, com essa composição sobre a evolução humana. Homenagem dela para um tal de Venceslau, organizador do evento. Uma boa ideia para nossos poetas emergentes, feito o meu compadre velho. No livro do dito cujo, em cada página ele faz uma “homenagem” a alguém. Depois, vai vender o livro ao glorificado pela “obra” do Malaquias. Se o distinguido não comprar, ele acaba vendendo a alguém da família.

de ameba para peixe
nada mal!
de peixe para sapo
surreal!
de sapo para lagarto
que legal!
de lagarto para rato
sensacional!
de rato para macaco
animal!
de macaco para homem

Venceslau!!!

Maria Leitoa

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