sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

De guerras e conquistas


"Em Serra Redonda, a biblioteca pública está mofando numa sala isolada. Nos demais municípios, bibliotecas abandonadas, desativadas, sem investimento, semi-mortas. A sociedade tem que começar a se incomodar com isso. Em Itabaiana, alguma coisa já está sendo feita no setor de livro e literatura. Vamos ter um festival de poesia. Precisamos salvar o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar e sua biblioteca comunitária. " - Clévia Paz, Articuladora Cultural da 12ª Região.
Ontem, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar recebeu o Secretário Lau Siqueira. Entregamos um abaixo-assinado pedindo mais atenção do Governo para o setor de cultura da cidade. Estiveram conosco alguns jovens que topam a parada de defender o patrimônio histórico e artístico de sua terra, a exemplo da poeta Renaly Alves, outros a fim de fazer o papel até de guerrilheiros urbanos pela afirmação cultural, igual ao compadre Rosival Silva.
Figuras que gozam de uma relação extrema e íntima com essa coisa arretada que é ver surgir frutos de um trabalho voluntário pela educação e cultura em favor da juventude. Uma dessas figuras é Jacy Mendes, que me apresentou ao menino Carlos Henrique, de 13 anos. O garoto começou a aprender violão no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, pelas mãos do mestre Vital Alves. Agora, já toca seu instrumento, compõe e canta razoavelmente. Orgulhoso, informa que aprendeu a tocar “Como nossos pais”, de Belchior, em apenas três horas. Num mundo cheio de demandas e estímulos alienantes para o jovem, nossa ostentação é mostrar exemplos como do moço Carlos Henrique. Menos um idiota, fora das modas e vaidades fúteis e banais, tocando seu violão e seguindo seu caminho de cidadão decente.



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