segunda-feira, 9 de junho de 2014

Apontamentos para a história do coreto de Itabaiana (1)


No dia 21 de maio de 2002, a restauradora Maria da Piedade Faria Costa visitou Itabaiana para vistoriar o coreto da Praça Álvaro Machado na cidade, para analisar, avaliar e apresentar sugestões técnicas para sua restauração.

O coreto está integrado à praça desde 1904, em formato octogonal, constituído por estrutura de ferro inglês com cobertura em abóbada sobre base alta de alvenaria. A estrutura é composta por oito colunas dispostas de forma equidistante, intercaladas abaixo por gradil e acima por elementos ornamentais, com abas decoradas por arremates fitomórficos.  Internamente, o coreto apresenta forro reto em madeira com entalhe raso. O piso em ladrilho com tons cinza e avermelhado, apresentando desenho geometrizado acompanhando o formato do coreto.

O coreto apresentava estado de degradação, com oxidações intensas, substituições inadequadas de partes perdidas, perda total e parcial de elementos. Os arremates das extremidades da coberta ameaçavam desabar sobre os transeuntes.

A restauradora sugere, no final do seu relatório, que “as partes que estão faltando da estrutura metálica que foram levadas pelo ex-prefeito sejam resgatadas.”

O Banco Real, onde o Estado depositava o pagamento dos funcionários, atendeu ao pedido do então Governador Cássio Cunha Lima para patrocinar a recuperação do monumento histórico mais importante de Itabaiana. “Trata-se de equipamento da melhor envergadura arquitetônica e urbanística, de fabricação inglesa, símbolo da presença da urbanização da cidade que o alberga, orgulhosamente denominada de “capital do vale do Paraíba, nas proximidades da mata seca pernambucana”, registrou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.

(Continua amanhã)

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