terça-feira, 12 de novembro de 2013




"É fácil amar a humanidade; difícil é amar o próximo”, escreveu o genial Nelson Rodrigues.

A inveja tem o sono leve. Todo mundo tem ou terá inveja de alguém nessa vida besta e pequena, de seres ridículos e medíocres, incluindo o autor dessa frase de pára-choque de caminhão.  Nesse Natal, inveje o peru do seu vizinho e a perereca da vizinha, a peruca do artista e a putaria de Madame Preciosa, uma mulher decente em sua indecência livre de hipocrisia.

“A vida é curta, tenha um caso”, dizia um cartaz em Nova York, no Natal de 2012. Causou escândalo naquele que é, talvez, o povo mais hipócrita do universo. Estímulo à infidelidade é o processo eleitoral brasileiro! Tenha um caso neste Natal, nem que seja com Ameba, um canalha sincero e popular.

Neste Natal, não me venha com cartão nem com frase de efeito moral broxante.  Não me deseje feliz natal; apenas me deseje, se for mulher, e me respeite, se for homem.

E se você for de Itabaiana do Norte, na Parahyba, não deixe de ler ou reler essa obra prima de conto natalino:  http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/1575658

Então é Natal, não me mande flores, nem aquelas horrorosas cestas. Mande para as Filipinas, pra ajudar as vítimas do tufão. Melhor, ajude aquela mulher pobre a fazer seu pré-natal.

Papai Noel é um falso, canalha velho, rato sujo representante da Coca-Cola.  Não deixe seu filho com esse fí de rapariga pedófilo.

E se aquela Simone aparecer cantando “Então é Natal”, pode atirar que o crime é afiançável.

Pior do que os comerciais de Natal são as caixinhas do Natal dos empregados e os textos idiotas dos cartões, os carros de som dos políticos lhe desejando feliz Natal e a canalhice do comércio que aumenta os preços das mercadorias para aproveitar o “espírito natalino” dos babacas.

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