quinta-feira, 27 de junho de 2013

A volta do Fórum Metropolitano de Comunicação Comunitária


Ivaldo Gomes


Em 2007, reunimos um grupo de companheiros e companheiras no Sebo Cultural para discutir sobre rádio comunitária e demais mídias populares. Desses encontros ergueu-se o Fórum Metropolitano de Comunicação Comunitária de João Pessoa, de onde ressurgiu das cinzas a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Estado da Paraíba. Quero aqui abrir um parêntese para afirmar que essa Associação parece que voltou às cinzas anteriores, de tão invisível que se mostra, ou não se mostra. 

Pois bem, agora meu compadre ativista budista e militante das boas causas professor Ivaldo Gomes convida para reativarmos o Fórum, para dar nosso tom corporativista às ações de rua protestando contra tudo de mal feito e mal encaminhado neste país. Ivaldo notou que não aparece uma mísera bandeira pedindo a democratização das comunicações num país onde apenas sete ou oito famílias comandam as mídias. Eles deitam, rolam e nos enrolam o tempo todo. Agora mesmo, durante essas manifestações, os jornalões do sudeste e a Rede Globo incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao encorajar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do Movimento Passe Livre – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20. Articulam o tempo todo a favor dos seus interesses e geralmente contra o povo. 

O que pretende o Fórum Metropolitano de Comunicação Comunitária de João Pessoa? A princípio, dar visibilidade às reivindicações pela democratização das comunicações e por uma imprensa menos safada. A República está tremebunda (desculpem o termo, que significa uma coisa que oscila e ao mesmo tempo provoca tremor), a revolução está nas ruas (ou não), é chegada a hora de exigirmos uma imprensa menos venal. E liberdade para as pessoas dizerem o que pensam nos seus jornais, blogs, TVs e rádios comunitárias, com ou sem licença do governo, porque para ser livre não precisa de permissão de quem quer que seja.


Nenhum comentário:

Postar um comentário