domingo, 12 de maio de 2013

POEMA DO DOMINGO



Coisas de mãe

A mãe é pirlimpimpim
Não tem começo nem fim.

Pode, entretanto, prover
Um mundo de bem querer.

O filho destrambelhado
Constrói um carma pesado.

Mas a mãe, com segurança,
Barra do céu a vingança.

Nessa ternura contida
Ela espreita toda a vida.

Mesmo a insana semente
A mãe embala contente.

Aos ternos ouvidos seus
Chegam as verdades de Deus.

Das contas de exceder
A mãe declara entender.

Exceder ao amor bruto
Em estado absoluto.

E mais da mãe eu diria
Se não fosse sua cria;

Criador não se mensura
Aos olhos da criatura.

F. Mozart

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