quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um herói camponês de Itabaiana


Israel na tribuna da Câmara


Na reunião de criação de uma entidade de novos escritores, apareceu o professor Israel Elídio de Carvalho Filho, itabaianense de 74 anos, antigo ativista político de esquerda, perseguido pelo regime militar.

Pedro Fazendeiro
No final da solenidade, Israelzinho pediu a palavra no meio da platéia. Subiu na tribuna da Câmara dos Vereadores e foi como se juntassem os talibãs, os guerrilheiros da Faixa de Gaza e Bin Laden cover numa assembléia de pacatos e cordeiros seguidores de religião pentecostal. O professor soltou o verbo contra os vereadores que não fizeram nada para impedir a destruição do patrimônio histórico da cidade. Lamentou que Itabaiana não lembre de seus heróis. Como exemplo de nome digno das maiores homenagens, citou Pedro Fazendeiro, nascido em Itabaiana. Para evitar mal estar maior, o presidente da mesa interrompeu a fala do carbonário professor.

Falta boa educação na minha terra, por isso ninguém conhece sua história. Eu próprio não sabia que Pedro Fazendeiro era conterrâneo de Abelardo Jurema e Hugo Saraiva, outras duas vítimas famosas do golpe militar de 1964. Pela educação, o povo torna-se apto a sentir a importância de preservar a memória dos grandes homens e dos fatos históricos. Esse o autêntico culto cívico, preservando a luz da consciência coletiva. A atual geração tem recebido auto-sugestão de sua decadência, e aí, meu senhor, a autoestima vai para o ralo.

Fui estudar a história de Pedro Fazendeiro, encontrei trabalho interessante de Janicleide Martins de Morais Alves, graduada em História pela UFPB. Um trecho da monografia:

“Pedro Inácio de Araújo nasceu na cidade de Itabaiana, Paraíba, no dia 08 de junho de 1909, filho dos agricultores Pedro Antônio Felix e Ana Maria da Conceição. Casou com Maria Júlia de Araújo com quem teve cinco filhos. Após sair do quartel, comprou fazendas (tecidos) e passou a vender, recebendo, assim, o nome de Pedro Fazendeiro. Vendendo tecidos conheceu e se instalou como posseiro em Miriri, região que ficava entre Mamanguape e Sapé e que pertencia a Pedro Ramos Coutinho, irmão de Renato Ribeiro Coutinho, um dos maiores usineiros do Grupo da Várzea. Na medida em que andava a pé, vendendo tecidos em praticamente toda a Várzea do Paraíba, Pedro estabelecia amizades, adquirindo um grande conhecimento geográfico da área.

As reivindicações e conquistas do campesinato do Engenho Galiléia/PE chegavam à
Paraíba incentivando os camponeses deste estado a também lutar por seus direitos. Pedro havia conhecido os ideais socialistas através do irmão mais velho e, indignado com a situação de abandono no campo, almejava uma transformação na condição de vida dos agricultores. Então, o ano era 1955, quando realizou ao lado de João Alfredo Dias (Nêgo Fuba), o primeiro encontro dos camponeses de Sapé na casa de João Pedro Teixeira. Posteriormente, assumiu o cargo de 2º Secretário na primeira Diretoria da Liga Camponesa de Sapé, consolidando sua permanência na mesma. A partir daí, se entregou com paixão ao movimento e às campanhas de massa. O fato de conhecer bem a geografia da região facilitou o seu apoio na formação de várias Ligas Camponesas no estado da Paraíba. Sua sabedoria e jeito terno de ser, convencia os mais rudes camponeses a aderirem ao movimento. Expedito Maurício da Costa enfatiza a astúcia de Pedro Fazendeiro, destacando que, para entrar nos canaviais dos usineiros, o líder carregava um tabuleirinho de cocada para vender aos cortadores de cana e divulgar o movimento camponês.”

Pedro Fazendeiro foi preso, torturado e morto pelo Exército em 1964.

Leia o conteúdo do trabalho em:



TIJOLINHOS DO MOZART




"O petróleo é nosso!" Convoco todos os paraibanos a se manifestarem. Só me manifesto na campanha "A cachaça é nossa"

Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende -  Leonardo da Vinci

Vereador em Itabaiana do Norte vai ganhar R$ 4 mil para comparecer a uma sessão semanal, com seis meses de férias. Muito?

Na ponta do lápis, vereador deverá embolsar R$ 1 mil reais por cada sessão a que comparecer. Se faltar, sua ausência não será notada nem terá desconto.

Vereador deverá produzir para justificar esses gastos, pagos pela população. Afinal, cada sessão custará aos cofres públicos R$ 1 mil reais para cada vereador, equivalente ao que se paga para um médico dar plantão no Hospital do Trauma.

Cássio vai à festa de Ricardo e garante romper o ano com o mago.

Nunca foi detectada tanta corrupção no Brasil. Precisa mudar legislação para segurar corrupto na cadeia.

Prefeito promete aumento em 2013. De IPTU...

Itabaiana pediu bis para Antonio Carlos. É muita responsabilidade. Se tudo der certo, ele vai em busca do tris.

“Um advogado com uma pasta pode roubar mais que 1000 homens armados." (Do filme "O poderoso chefão")

"Mortes por arma de fogo em 2011: Austrália: 35, Inglaterra e Irlanda: 39, Alemanha: 194, Canadá: 200, EUA: 9.484, Brasil :35.556. Acorda, Brasil, senão a bala te come!

Povo fofoqueiro: boatos de que Lula comia a madame Rose, sua secretária em São Paulo.

Madame Preciosa jura que comeu Lula quando ele esteve em Itabaiana nos anos 80. Ela chama o testemunho de Valdo Enxuto.

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação, na frente apenas da Indonésia.

"O preconceito começa quando, no meio da discussão, você diz: SEJA MAIS CLARO!" - Humor sustentável

Papa Bento terá conta no Twitter. Madame Preciosa também e ninguém comenta!

Virou moda leiloar buceta. Mais um pregão, agora de uma brasileira, baiana, uma tal de Rebeca.

Ameba vai batizar seu filho de Fuleco Jr.

As melhores coisas chegam com o tempo. Artrose, por exemplo. Deixa a gente quietinho.

Não sou o cara que o Roberto falou, mas não tenho chulé.

Minha grande frustração: nunca ter fugido com o circo.

Twitter é bom porque você não tem expectativa de resposta. No e-mail, mensagem sem resposta é constrangedor.

Dona Seabra quer abrir cabaré em parceria com Madame Preciosa. Isso vai dar certo?

Ganhei o Prêmio Destaque do Ano do jornal O FAROL. Esse, nem Lula tem! Sorry, periferia!

"Vou oferecer um Ministério para o PSDB se eles prometerem escolher o Serra como candidato na próxima eleição". (Diário da Dilma)

Sob a ótica religiosa, Lula é o São Sebastião da política nacional, flechado por todos os lados. (Ricardo Noblat)

Sob a ótica pagã, Lula é o Tufão, personagem da novela “Avenida Brasil”, enganado pelas mulheres. (Ricardo Noblat)

Por causa dos resultados das últimas eleições, mais de cem municípios brasileiros estão em estado de quase abandono. Onde o povo disse “não” ao prefeito.

Em Itabaiana, o abandono é total. O governo de Dida acabou em outubro.

Emir Sader defende a ocupação de espaços para a democratização do Estado. Incluindo rádios comunitárias no ar, na lei ou na marra.

Estelizabel fará viagem para conhecer rádios no interior do Estado. De rádios comunitárias ela não deve passar nem por perto.






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Prefeito Antonio Carlos comparece à fundação da Associação dos Novos Escritores da Paraíba


Antonio Carlos com estudantes de João Pessoa


O prefeito eleito de Itabaiana, Antonio Carlos Melo Júnior, esteve ontem na solenidade de fundação da Associação dos Novos Escritores da Paraíba, ocorrida na Câmara Municipal de Itabaiana. Na ocasião, Antonio Carlos garantiu que dará todo apoio à cultura local durante sua gestão.

A Associação aprovou os estatutos sociais e elegeu por aclamação sua primeira diretoria, tendo à frente o poeta Antonio Costta. Entre outras figuras da sociedade local, compareceram o escritor Efigênio Moura, o poeta Orlando Otávio, o músico Odinei, o historiador Israel Elídio de Carvalho Filho, a professora Celeste Fonseca, o poeta repentista Biu Salvino, a professora Geórgia, assessora do prefeito eleito, Luciano Marinho da Associação Memória Viva, o comunicador Ernane da Rádio Comunitária Rainha, cabo Jorge da Associação Afro, o vereador José Ubiratan, os repórteres Evanio Teixeira, de Pilar e Artur Forrozeiro do Tribuna do Vale, o vereador Pastor Ronaldo, Presidente da Câmara e seu assessor Beto Lucena, Clévia Paz, representando a Secretaria de Cultura do Estado, o poeta Agenor Otávio e o pastor Carlos Miranda.

Na tribuna, o vereador Ubiratan disse que não era escritor, mas teria satisfação em fazer parte da nova entidade que congrega os que se dedicam à literatura, fazendo menção a Fábio Mozart, presente à mesa, como um exemplo de dedicação pela cultura local, tendo merecido o título de “Cidadão itabaianense” indicado por ele, vereador. Citou ainda o jornalista Geraldo Almeida Aguiar como um grande divulgador da cultura local.

Clévia Paz lamentou que a prefeita atual, dona Dida Moreira, tenha se recusado a assinar o acordo federativo do Sistema Nacional de Cultura, mas espera que o futuro prefeito providencie a adesão do Município a este pacto que trará recursos do Ministério da Cultura para serem investidos na cidade.

O poeta Agenor Otávio recebeu os cumprimentos da mesa por estar aniversariando, e leu alguns poemas de sua autoria. O escritor e publicitário Efigênio Moura colocou-se à disposição da nova entidade, informando que a Universidade Estadual da Paraíba está abrindo espaço para novos autores paraibanos com selo editorial destinado a editar obras de escritores iniciantes.

Pedindo a palavra, o professor Israel Elídio de Carvalho Filho cumprimentou os estudantes de João Pessoa que estavam presentes em caravana especialmente vinda para prestigiar o evento, e lamentou que Itabaiana tenha sido abandonada no seu contexto cultural e histórico, lembrando a destruição do prédio onde funcionou o histórico Colégio São José da professora Marieta Medeiros, criticando os vereadores por não terem lutado contra esse “crime cultural”. Citou ainda nomes de itabaianenses que considera “heróis da pátria”, mas que na sua terra não têm recebido as homenagens merecidas, a exemplo do revolucionário guerrilheiro camponês Pedro Fazendeiro. “Botam nomes de bêbados e ladrões nas ruas, e esquecem de homenagear quem realmente merece ser lembrado”, disse Israelzinho. 




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PRODUÇÃO DO PONTO DE CULTURA CANTIGA DE NINAR




Curta-metragem de Fábio Mozart será exibido em mostra na cidade de Bananeiras/PB

O curta-metragem “Feminino Plural”, roteiro de Fábio Mozart e direção de Rodrigo Brandão, será exibido na II Mostra de Vídeos Multivisualnet de Bananeiras que acontecerá nos dias 29 e 30 de Novembro de 2012 no município de Bananeiras/Paraíba. O evento exibirá filmes produzidos pelos Pontos de Cultura da Paraíba e filmes de cineastas convidados, e promoverá um bate papo sobre Cinema e Educação com professoras da Universidade Federal da Paraíba.
A mostra de vídeos é uma realização da ONG Para’iwa através do Ponto de Cultura Para’iwa Multivisuanet – Bananeiras, com apoio da UFPB/PRAC/COEX, Prefeitura Municipal de Bananeiras e do Portal Bananeiras online, e acontecerá no Espaço Cultural “Oscar de Castro”, centro do munícipio de Bananeiras.
O filme “Feminino Plural” mostra a realidade das rádios comunitárias em comunidades pobres, sob a ótica das mulheres. A obra tem a participação das atrizes Adriana Felizardo, Das Dores Neta e Helena Malheiros, com fotografia de Jacinto Moreno, patrocínio da Funjope/FMC, em parceria com o Núcleo de Audiovisual do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, de Itabaiana.



Lula em visita à Câmara de Itabaiana



Ex-deputado Mário Silveira, Adriano Almeida e Valdemir Almeida com Lula na Câmara de Vereadores de Itabaiana.

Isso foi na década de 80 quando Luiz Inácio Lula da Silva andava pelo Brasil numa caravana, tentando abrir as pétalas incertas do ovário deste país estranho com suas pinceladas de populismo pseudo esquerdista. Veio parar na cidade Itabaiana do Norte, onde tomou cachaça com uns malucos que queriam formar o Partido dos Trabalhadores, eu próprio entre eles, e fez média com a burguesia local, que Lula nunca foi bobo. Jogava bonito no time dos trabalhadores e não negava guarida para os patrões e seus acólitos. Foi assim que chegou ao poder.

Pois aí está o companheiro Lula abancado na Câmara de Vereadores de Itabaiana, com sua máscara barbuda de contestador e sua pança de bon vivant, o que gosta de viver bem sem dar duro na vida.

Na foto, exemplo itabaianense do ecletismo ideológico do “sapo barbudo”, como alcunhou Leonel Brizola: o ex-deputado e agropecuarista Mário Silveira, hoje potentado latifundiário e produtor de petróleo riquíssimo, o estudante Adriano Almeida e meu compadre Valdo Almeida, um jogador de futebol que nas horas vagas trabalhava como oficial de cartas e telegramas nos Correios e Telégrafos, fazendo as honras da casa e oferecendo o tapete vermelho bajulatório para o já famoso ex-torneiro mecânico.

Diz a lenda que o Valdo Almeida, nosso estimado Enxuto, arrancou um apertado abraço do Lula ao mentir, dizendo ser corintiano, quando na verdade torce para o São Paulo. Tudo para agradar à ilustre visita. Por sua vez, Lula ficou de levar o atleta Valdo para fazer testes no esquadrão corintiano, confiando no alto nível do futebol de Valdo. Mas é como diz, são lendas que depois o povo falador espalhava no “boato”, uma boca maldita no centro da cidade onde, pela noitinha, duas dúzias de fofoqueiros metiam o pau na vida alheia sem dó nem misericórdia.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

COLUNA DE ADEILDO VIEIRA



Oração a Santa Cecília, o nosso “santo de casa”

Adeildo Vieira

A bênção Santa Cecília!
Salve a santa padroeira dos músicos, maestrina do coro dos contentes, do choro dos renitentes. Vigiai a vigília nossa de cada dia pela felicidade do mundo e velai a vela que se mantém acesa no coração da humanidade e que ilumina as salas de concerto, os palcos, os terreiros, as festas de nossa esperança, os sons que embalam nossos sonhos. Salve a padroeira de voz tenra, cuja representação simbólica - criação dos católicos - remete à proteção dos anseios de uma categoria que abre nos quatro cantos do mundo uma escala de infinitas notas musicais. Um sem-fim de notas com as quais cantam-se todos os credos, todas as raças, enfim, todos os povos, pra que, em nome das diferenças, seja celebrada a unidade. À santinha cantora cabe-nos rogar, junto com santos de todos os credos, para que protejam a alma de quem faz de um instrumento seu esteio, mas também abrandem o coração de quem tem o poder de desafiná-lo!
No dia 22 de novembro celebra-se o dia do músico, justamente pela referência ao dia consagrado à Santa Cecília. Mas, devoções católicas à parte, o fato é que o coração do músico, religioso ou ateu, tem acompanhado a síncope dos dias e a catastrófica desafinação dos que não percebem a grandeza da música e dos profissionais que a ela se dedicam. Eu diria mais: o próprio músico tem acompanhado cortejos errados. Inadvertidamente, tem engordado as procissões dos que professam a descrença em nossa arte. Falo dos cortejos do capital, onde músicos são imolados para engorda de interesses escusos de terceiros. 
Na verdade, Santa Cecília pode ser aquela a quem todos chamamos de “santo de casa”, o mesmo que não faz milagres, talvez porque faltem-lhe fiéis. O que os santos mais caseiros são é a representação da fé que cada um tem em si próprio e em seu terreiro. Se não há fé em casa, não há milagres domésticos. Mas quando a fé incondicional se instala, ninguém carece de milagres, pois tudo se concretiza sob a força de quem acredita.
Evoquemos, pois, talvez em nome de Santa Cecília, todos os santos e santas que habitam na fé de cada devoto da música. Se for preciso evocar santos, que o façamos na intenção de reconhecer a força da nossa profissão e defendê-la com a consciência de quem tem a música como devoção, de quem a encara como missão em benefício da humanidade. Talvez assim conquistemos a remissão dos pecados ante os santos mais caseiros e dedicados, aqueles que se queixam de ócio, porque não há fé que os evoquem.
Tendo espírito democrático, sou afeito às manifestações ecumênicas, sobretudo neste país que se diz laico. Mas hoje, cá entre nós, eu já fiz minhas orações à minha santinha padroeira. Com fé, rezei pra que ela me proteja de mim e  minhas fraquezas.



O sonho do compadre Ameba



Esse sujeito com cara de barraqueiro sou eu na praça 24 de Maio na cidade Itabaiana do Norte, tomando todinho com meu compadre Marcos Veloso, acolitado pelo repórter Artur Anderson, o fotógrafo. Essa praça, por trás da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, já foi uma coisa linda, com árvores, banquinhos, flores, caramanchão e tudo que uma praça deve ter. Como era mimosa a nossa praça!

Na primeira gestão do jovem prefeito Antonio Carlos Melo Júnior, foram deslocadas para a praça várias barracas de bebidas, transformando o local em uma “cabeça de porco” pública. Achando pouco, a atual prefeita Dida Moreira mandou construir um mictório no centro da praça, acabando de completar o quadro de mau gosto e crime urbano dos mais apurados.

Em lugares mais civilizados, jogar papel no chão é um ato de violência contra os bons costumes. Aqui na Paraíba do Norte, transformar uma praça belíssima em uma favela infecta não incomoda ninguém, ou quase. O padre da freguesia andou falando contra o alto índice de degradação urbana da praça, mas depois parou de pregar no deserto. Dizem que ele encontrou um oásis para saciar sua sede. 

Em matéria de religião, meu compadre Ameba declara-se católico, evangélico e candomblético. Mistura azeite de dendê com água benta sem problema algum. Esse protozoário acredita que Antonio Carlos, voltando a ocupar a cadeira de prefeito do lugar, irá desfazer seu equívoco, chamará bons técnicos urbanistas para montar um projeto de revitalização em alguma área, deslocará os barraqueiros para este novo local, dando-lhes condições dignas para manter seus negócios e oferecendo à população uma área de alimentação e lazer com higiene, conforto e segurança que o povo merece. Ameba já marcou trabalho com Madame Preciosa, encomendou missa e culto de ação de graças por este projeto que há de vir, acreditando nas boas intenções do filho de Toinho Rodrigues. 

Amém e sarava!



Festa da comunicação comunitária

Rádio Comunitária homenageia Zumbi dos Palmares em João Pessoa


Maracatu Pé de Elefante no evento da Rádio Zumbi (Fotos: Fabiana Veloso)

A ideia inicial era realizar um evento em comemoração ao mês da consciência negra e pelo aniversário de 10 anos da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares. Demos ao evento o nome de “Viva Zumbi!”. Havia muitos anos que a comunidade do Geisel não via algo assim e a praça central restaurada pela prefeitura era um excelente motivo para realizarmos ali a festa comunitária.

A programação foi iniciada com a apresentação do MC Kazuza, do Bairro José Américo, que não estava na programação inicial, mas acabou se transformando numa grata atração especial.
Na sequência, Diogo Freitas e Iuri Rocha assumiram o palco, oferecendo ao público uma pequena mostra do que bons músicos podem fazer com um violão e uma bateria. Diogo cantou músicas do seu próprio repertório e canções que dialogavam com a proposta do evento, com sons de O Rappa e Jorge Ben Jor.


Diogo Freitas
Tecnichal Swing foi a atração seguinte. Três rapazes moradores do Colinas II que se juntaram para coreografar o que eles chamam de “suingueira”. A essa altura os componentes do grupo de capoeira Angola Palmares, coordenado por Dario e Malú, ia se aquecendo.


Os capoeiristas fizeram uma apresentação empolgante e deram um exemplo raro de inclusão social ao incorporar na roda uma jovem adolescente cadeirante. Além da capoeira, o grupo do bairro do Róger também mostrou a dança/luta do maculelê, arrancando aplausos de uma platéia mais volumosa, por volta das 20 horas.


Depois da capoeira mais uma atração-surpresa: o humorista Zé Carrapicho subiu ao palco do anfiteatro para uma espécie de stand-up de improviso. Apesar da excelente performance, teve feminista na platéia que reclamou do conteúdo sexista de algumas piadas apresentadas pelo artista popular.

A atração final da noite ficou mesmo a cargo da Nação Maracatu Pé de Elefante, do bairro de Mangabeira, que mostrou parte do repertório desse ritmo pernambucano que começa a ganhar mais e mais adeptos também aqui na Paraíba.

Um bolo confeitado ainda fez a alegria da galera que ficou até o final do evento. Fora a diretoria da Sociedade Cultural Posse Nova República, registramos a presença e colaboração de Ariston Augusto, Zuma Nunes, Mário Inácio, Mariano Cláudio, Clareana Cendy, Marli Soares, Dalmartim Oliveira, João de Deus, Tânia Freitas e Hercílio Dragão. O evento só foi possível graças à parceria com a Associação Comunitária do Ernesto Geisel, com o Fórum Paraibano de Promoção da Igualdade Racial (FOPPIR) e com a CUFA-PB.

“Tivemos também o apoio do Super Box Brasil, Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, da Rádio Tabajara, dos vereadores Bira e Fuba, de Watteau Rodrigues, da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana do Governo da Paraíba, através de Gilberta Soares e Nézia Gomes, e da Prefeitura Municipal de João Pessoa, através de Roberto Maia”, informa a jornalista Fabiana Veloso.


Dalmo Oliveira e Beto Palhano, mestres de cerimônia


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Piora estado de saúde de Dona Rô e hospital fica omisso com tratamento; filha faz apelo na internet


Dona Rô (direita) recebendo título de Cidadã Pessoense na Câmara de Vereadores


As últimas informações sobre o estado de saúde da 'lutadora' Dona Rô é que ele inspira ainda mais cuidados devido a negligência sofrida nos últimos dias.

Dona Rô estava na UTI onde era melhor assistida até que foi transferida para um quarto comum, quente, sem ventilação adequada e a paciente com dificuldade de respirar, além disso, não teve seus exames, como uma biopsia, realizado no Hospital Santa Isabel.

Sua filha Cida Ferraz está apelando nas redes sociais para que as pessoas se manifestem contra esse tratamento dispensado a Dona Rô e demais pacientes que estão em hospitais também sendo mal assistidos pela equipe médica, sejam públicos ou privados.

"Estamos formando uma corrente solidária para que os Médicos e o Hospital Santa Isabel deem a devida atenção a situação de dona Rô, pois a mesma está em uma enfermaria sem ar condicionado ou ventilador, neste calor, dependendo de oxigênio para sobreviver, com o pulmão esquerdo cheio de água, fora a suspeita de linfomas pela área do torax e o que vemos é ela ser apenas médicada e cada dia que passa definhando correndo risco de infartar ou ter parada respiratória. Por isso convido a todos para participar desta corrente. Orem. Vamos fazer algo por essa mulher que contribuiu tanto para nossa cidade, lutou e ainda luta pelos direitos dos cidadãos. Essa voz não pode se calar", apelou a filha de Dona Rô.

No último dia 14 de novembro, Dona Rô passou mal e foi levada ao hospital Memorial onde ficou internada na UTI até o sábado, dia 17, quando foi transferida para o Santa Isabel onde segue tratando de embolia pulmonar causada por derrame na pleura. Segundo sua filha Aparecida Ferraz, a forte e corajosa Dona Rô está lúcida e recebendo boa assistência no Hospital.

"Minha mãe que tanto defendeu causas e participava ativamente de debates da cidade agora precisa das orações do povo de João Pessoa", destacou Cida Ferraz.

Exames e acompanhamento especial estão sendo providenciados para especificar o melhor tratamento para estabelecer a saúde de Dona Rô.

Os filhos, Valmiro Ferraz Cabral, Maria Tereza Cabral de Lima, Aparecida Ferraz Cabral e Augusto Ferraz Pereira agradecem pelo carinho e orações que têm recebido e avisa que Dona Rô pode receber visitas, mas antes entrar em contato com eles para confirmar disponibilidade.


Vanessa de Melo

PB Agora   



PS DO BLOG: Dona Rô é cunhada de minha esposa, pessoa de bem, colunista do meu jornal TRIBUNA DO VALE. Estamos nessa corrente pelo restabelecimento da saúde de dona Rô, Rosaura Ferraz, filha de portugueses, comunicadora popular, líder comunitária de Jaguaribe. Amanhã farei uma visita à nossa Rosaura no Hospital Santa Isabel.


Pisaram na grama e humilharam a população




Quase oito anos depois, o povo passa a lamentar os inconvenientes de ter escolhido uma pessoa inábil para gerenciar a cidade Itabaiana do Norte. Dona Dida vai deixar Itabaiana mais pobre, mais humilhada e mais triste. Escolas e creches fechadas, lixo nas ruas, repartições que ainda utilizam máquinas de datilografia, servidores famintos, sem salários.

Esta praça Epitácio Pessoa (fotos), onde brinquei quando criança, foi revitalizada pela prefeita Dida. Lá funciona o Café Cultural Sivuca. Devido às miseráveis condições do servidor público, as praças e logradouros estão abandonados. Nem os garis querem trabalhar sem receber seu salário. A Praça 24 de Maio, em estado deplorável, é o retrato fiel do descaso.

Detalhe: nos seus oito anos de mandato, dona Dida não teve contratempos na Câmara de Vereadores, que viu tudo como quadro de São Jorge em parede de quarto de cabaré. O São Jorge de bordel nem desconfia (ou não?) que a farra foi longe demais. A casa jamais caiu, nem cairá.

A propósito, os da minha geração lembram dos cabarés do interior: seis cadeiras, mesinhas sujas, vitrola de ficha, cama velha de casal em cada quarto infecto e o quadro de São Jorge na parede. Embaixo da cama de ferro, o penico. Ao lado, a bacia de lavar os pecados. Concentrado em matar o dragão, São Jorge não prestava atenção ao que sucedia com as mulheres e seus fregueses. Mesmo porque, o santo estava ali para proteger a zona do meretrício, não para vigiá-la nem convertê-la em convento. Quem luta com dragões não perde tempo com batalhas de alcova. Assim pensam nossos vereadores.

Aí ficou a expressão: São Jorge de cabaré é todo aquele que vê o mal feito e faz cara de paisagem, por conveniência, cinismo ou incompetência.