sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Compadre Joquinha com a boca no trombone

Joquinha da Barraca
Joquinha da Barraca fundou comigo e com mais 38 pessoas a Rádio Comunitária Araçá, de Mari (PB). Depois de mais de dez anos de atuação, a emissora é criticada por Joquinha. Saiu no blog PBAGORA:

“O presidente da rádio comunitária Araçá FM, Severino Ramos Nascimento, do município de Mari, interior do Estado, está sendo acusado por filiados da Cooperativa, a qual a rádio é vinculada, de utilizar a emissora para fins eleitoreiros, mais precisamente para beneficiar a gestão municipal do prefeito Antônio Gomes, do PSDB.

Segundo o associado da cooperativa, conhecido apenas por ‘Joca da Barraca’, Ramos não permite que os ouvintes falem mal do atual prefeito da cidade e ainda utiliza a emissora só para fazer a ‘propaganda da prefeitura’. Joca ainda relatou que a emissora comunitária não é utilizada com o fim que foi proposto à época de sua criação.”

Conheço os dois senhores mencionados pela reportagem. São fundadores da Rádio Comunitária Araçá. Um deles, o Joquinha, é uma pessoa simples, mas que gosta de participar da vida social de sua cidade. O outro é um rapaz muito ambicioso e sagaz. A verdade é que existem duas correntes políticas disputando a rádio comunitária e cada qual usa os artifícios que tem à mão, nem sempre éticos.

Como um dos fundadores dessa emissora comunitária, também desconheço a tal cooperativa de que fala a reportagem. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que deveria estar aberta para a comunidade mariense, mas parece que isso não acontece atualmente. Criou-se um feudo e mecanismos para a perpetuação de uma só pessoa no comando da entidade, o que é frontalmente contrário aos princípios da democratização das comunicações pelos quais lutamos. Rádio comunitária não pertence a ninguém, e sim à comunidade que deve ter absoluto controle sobre ela. E rotatividade na direção é essencial. 


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