domingo, 10 de abril de 2011

PREFEITOS DE ITABAIANA


Josué Oliveira

Advogado brilhante, orador fluente, político festejado pelos seus dotes pessoais, Josué Dias de Oliveira aprendeu com José Silveira, de quem foi secretário, as virtudes da serena e desinteressada dedicação às causas dos menos favorecidos.
Amigo fraternal dos servidores, apesar de alguns obstáculos causados pelo governo militar, fez uma administração digna de encômios.  Sua maior obra foi a construção do Centro de Abastecimento que substituiu o antigo e infecto mercado público, monstrengo no centro da cidade.  Fez estradas, calçamentos e modernizou a administração, com a ajuda do Ministério do Interior de então.
Com seus atos e suas palavras fluentes, fez proselitismo e liderou o MDB por muitos anos. Itabaiana deve muito ao prefeito Josué Dias de Oliveira, o “urubu rei”.

Antonio Batista Santiago
 
O Dr. Santiago era médico e político apaixonado. Como médico, diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, filho de Catolé do Rocha, foi o primeiro cirurgião a realizar uma operação cezariana na Paraíba. Fundou o Hospital São Vicente de Paulo, sendo o seu diretor por muitos anos.
Como político, era comandante da antiga UDN, pela qual se elegeu deputado estadual e, após duas tentativas, prefeito da cidade. Governou Itabaiana com mão de ferro, embora tenha realizado uma gestão honesta e digna de elogios.
Tem extensa folha de serviços prestados à nossa terra, seja como esculápio competente, seja como político.
Morreu no Recife.



José Benedito da Silveira

José Benedito da Silveira, irmão do ex-deputado Mário Silveira, despontou em Itabaiana como autêntico líder popular, cujo proselitismo ultrapassou os limites de sua terra, Mogeiro, alcançando todo o território paraibano. Foi graças ao seu prestígio que o irmão Mário foi eleito várias vezes deputado estadual.  

Silveira marcou época como político popular. Como administrador diligente, dirigido Itabaiana com honestidade, decência e incrível popularidade. Concluído o mandato, eleito prefeito de Mogeiro, foi assassinado por Manoel Pereira Borges Neto no dia de sua posse, fato ocorrido no interior da loja do amigo Pedro Sérvulo. Ao seu sepultamento compareceu uma enorme multidão de pessoas que acompanharam o féretro a pé de Itabaiana até Mogeiro, em percurso de mais de 12 quilômetros. O seu nome foi bandeira de luta de muitos companheiros, ajudando a eleger Hugo Saraiva, Josué Oliveira e outros nomes do MDB.

Curiosamente, o seu assassino foi também morto no mesmo dia, dez anos depois, na cidade de Mogeiro, vítima de golpe de faca desferido por um guarda noturno daquela cidade. 

(Do livro “Confissões esparsas de um rábula”, de Arnaud Costa, que será lançado em 30 de abril de 2011, em Itabaiana)

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