domingo, 20 de fevereiro de 2011

Leão encarcerado


Poucos leões se salvaram
Dessa grande humilhação,
Pior dos mundos possíveis:
A execrável prisão.

Na solidão comovente
O leão vê a ruína
Do seu sonho soberano
Sem entender sua sina.

Daí o caos, o abismo,
A vida sem um sentido,
Olhando de sua jaula
Um mundo desconhecido.

Leão de feira e de zôo
Cego, com frio e chinfrim,
Violentando o instinto
Comendo alface e capim.


Fábio Mozart

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