quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cordel de Fábio Mozart ganha prêmio nacional

Fábio Mozart (à direita) ao lado do poeta repentista Zé Hermínio (centro) e Manoel Batista, Diretor de Cultura de Mari

A cultura popular acaba de ganhar o incentivo do governo para produzir trabalhos relacionados à literatura de cordel. Saiu o resultado do Edital de concurso público Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré. O folheto “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”, de Fábio Mozart, foi classificado em 20º lugar entre os 120 projetos de criação e produção de cordel escolhidos pelo Ministério da Cultura.

De acordo com o diretor de Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos Piúba, a iniciativa é resultado do Seminário de Políticas Públicas para Cordel, realizado em maio de 2009. “Esse prêmio vem atender a necessidade de ressaltar a Literatura de Cordel e linguagens afins como patrimônio imaterial brasileiro, entendendo sua unicidade e papel central na construção da identidade e da diversidade cultural brasileira, bem como estabelecer um canal direto com poetas e cantadores populares”.

A profissão das rimas, que contam histórias transmitidas de geração em geração, e repentes, que desafiavam a criatividade dos que duelam, foi regulamentada no dia 14 de janeiro deste ano. Desde então ainda não haviam desenvolvido nenhum projeto destinado ao gênero que influenciou escritores como Ariano Suassuna. Até que o Ministério da Cultura criou o Edital Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa de Assaré, lançado durante a II Conferência Nacional de Cultura.

Da Paraíba, foram classificados 26 projetos, entre produção, pesquisa, formação e difusão da literatura de cordel. Um dos classificados foi o projeto para publicação de um dicionário de poetas cordelistas nordestinos, de autoria do escritor campinense Rui Vieira, um dos que incentivaram a produção e divulgação do folheto de Fábio Mozart. “Agradeço ao amigo Rui Vieira, à filha de Biu Pacatuba, Maria Helena Malheiros, e principalmente aos companheiros de Mari e Sapé, região onde se desenrola a história desse grande líder camponês, contada no meu folheto”, disse Fábio Mozart.

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