domingo, 28 de novembro de 2010

A feira despertou saudades e glosas

Feira das panelas em plena decadência
Feira das panelas no auge

Feira dos pássaros


Feira das frutas



Olá meus amigos e patrícios de Itabaiana!

O post de ontem, sobre a feira, provocou o seguinte comentário do Erasmo Souto:

“Eu sinto tudo isso na Feira de Casa Amarela, aqui em Recife. Nunca, porém, soube explicar como você o fez. - Erasmo Souto

O amigo e poeta Sanderli glosou o tema:

Grande jornalista Fábio Mozart,

Tu quase me matas de saudades com esta crônica, cabra da peste! Teve de nascer umas décimas:

A FEIRA DE ITABAIANA

Na Feira de Itabaiana
Eu também vi esses cegos
De cantadores a pregos
Era um cenário bacana
De perfume a banana
De gelada a trancelim
De mágico a amendoim
O teatro da verdade
Que vendo a tua saudade
Suscitou saudade em mim

Contigo tomei cachaça
Nas barraquinhas de zinco
Uma beleza, não brinco,
Tanta peleja, que graça!
Esta saudade a traça
Jamais pode corroer
Meu pensamento a correr
Volta para aquela feira
Pra ele não há barreira
Que o impeça de ver

E vejo Arlinda do peixe
E vejo o homem borracha
Zé Mariano se acha
Vendendo feijão em feixe
Zé Costa com almofreixe
Lotadinho de Cordel
Penca Preta no bordel
Bebendo cana com fava
E Fábio Mozart estava
Trabalhando o seu cinzel

Vi seu Luis do feijão
Joca da carne de charque
As putas no desembarque
Vi Berto da União
Vi bucho, vi camarão,
Zé Dudu do Botafogo
Vi o marchante Pirogo
O café do Teve Jeito
Carioca do confeito
E seu Adonis do jogo

Tem inhame, macaxeira,
Tem a feira do mangaio
Inda se vende balaio
Cinturão e cartucheira
Tem sela e tem peixeira
Quartinha, forma de barro
Bêbado com quem esbarro
Se tudo isso carrego
Mas é a visão do cego
A mais forte que agarro

Sander Lee

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