domingo, 17 de outubro de 2010

Cordel enaltece Vladimir Carvalho


A notícia é velha, mas pra mim é novinha, já que tomei conhecimento hoje. O poeta Gustavo Dourado lançou um folheto de cordel homenageando nosso documentarista itabaianense Vladimir Carvalho. Chama-se “ABC de Vladimir Carvalho” o livreto que foi oficialmente apresentado ao mundo literário em Brasília, com a presença do homenageado, durante o Festival de Cinema na Capital Federal.

Eu que sou admirador da obra de Vladimir, acosto-me ao poeta cordelista nesta merecida homenagem. Acostar-se, por sinal, é verbo muito usado hoje em dia pelos mais medíocres parlamentares do pedaço, sempre quando querem pegar carona em elogios a pessoas notáveis. Vladimir Carvalho é construtor de uma obra cinematográfica onde deixa sempre a marca de suas convicções e seu amor ao País.

Literatura de cordel também é minha praia. Acabei de lançar o cordel “Biu Pacatuba”, incluindo a história da cidade de Mari em versos. Por sinal, ontem recebi telefonema de uma moça chamada Simone. Ela vai prestar concurso público na Prefeitura de Mari e andou pesquisando na internet sobre aquele município. Achou meu cordel e contato, ligou e pediu urgente um exemplar do livro. Fui levar na casa da moça, inaugurando o mais novo serviço da casa: entrega em domicílio ou, para os americanalhados, “delivery”.

Baiano de Ibititá, região da Chapada Diamantina, o escritor Gustavo Dourado tem 13 livros publicados. O cordel é uma mistura da trova portuguesa com a poética nativa dos brasileiros, notadamente na região Nordeste. É uma espécie de poesia naïfe sertaneja e tropical. Os acadêmicos recusam-se a reconhecer o cordel como arte, mas mesmo assim essa expressão literária do povo sobrevive. E agora com a internet ganhou mais fôlego. Trezentos anos para o cordel e para Vladimir Carvalho, como diria meu compadre professor Josa.

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