quarta-feira, 5 de maio de 2010

Romualdo Palhano finaliza obra sobre o teatro em Itabaiana


O Doutor Romualdo Palhano está finalizando o livro "O Teatro em Itabaiana - Da União Dramática ao GETI". Para quem não sabe, o GETI é o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana, que fez história na arte cênica a partir da década de 70 nessa cidade. Ele pede os originais das peças que encenamos nesses mais de trinta anos de atividades do grupo teatral para incluir na obra. Romualdo fala do grupo amador e suas peripécias até 2008 e pede a quem possuir fotos ou qualquer material sobre o tema para colaborar com esse apanhado histórico, enviando para seu e-mail: palhanojp@gmail.com

No dia 27 de junho vamos receber nosso amigo Romualdo Palhano, que chega de Roraima onde reside atualmente, ensinando na Universidade Federal de lá. Ele me pede para prefaciar sua obra sobre nosso grupo teatral, julgando-me um privilegiado porque testemunhei todas as fases do grupo, como um dos fundadores e principal dramaturgo. Vou fazer então um breve histórico do GETI e dos seus principais componentes.
Considero Romualdo um mestre supremo do teatro na Paraíba. Poucos pesquisaram tanto e dominam o assunto como o nosso dramaturgo. Fez doutorado em Cuba, sempre enraizado na temática do teatro paraibano, até chegar aqui na sua Itabaiana querida, terra onde aprendeu a compreender os refinadíssimos códigos do fazer teatral, no mesmo Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana que agora expõe em livro. Descobriu que Itabaiana já fazia teatro no final do século dezenove, na Rua Treze de Maio, onde funcionava um teatro com o nome de “União Dramática Itabaianense”. Será uma obra de fôlego, como se diz. O livro será utilíssimo para atores, críticos de teatro, encenadores, autores, professores e alunos. E na estante do itabaianense, não poderá faltar.

Tinha a idade de 20 anos quando fundei o GETI. Romualdo é mais novo uma coisinha. Na máquina do tempo onde viajamos em direção ao futuro, o tempo saltou de repente e nos vemos hoje maduros, com uma espécie de responsabilidade moral de contar nossa história para as gerações que virão. Não como valorização de nossos méritos, que isso é coisa vã. Não devemos ter a presunção de sermos notabilizados pelos feitos. Só a tenacidade e abnegação de alguns é que merece realce nesses mais de 30 anos. Hoje, outros jovens empunham a mesma bandeira da cultura e da arte. É para eles que Romualdo conta nossa história, não para servirmos de modelo, mas no intuito de valorizar o que fazem, porque tem substância e marcou um período histórico.

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