segunda-feira, 24 de maio de 2010

É de torar o eixo de centro!


Eu reclamo com razão! Quase fui assassinado pela mulher outro dia. Ela estava se queixando de que as roupas estavam gastas e precisava modernizar o guarda-roupa. Comentei: “Isso não é verdade. Você comprou avental novo na semana passada.”

Quando morava na Rua da Palha, Marcos Veloso botava uma placa na porta, na véspera da feira livre: “O dono desta casa costuma voltar tarde e embriagado. Não assume responsabilidade por qualquer dano ao seu carro”.

Biu Penca Preta bancando o amigo da onça: entrou na loja pra comprar uma peça, justo quando o fiscal estava monitorando. Pagou e saiu rápido. O dono gritou: “Biu, esqueceu a nota fiscal!” E Biu: “Que nota fiscal? Você nunca me dá a nota, agora que tou apressado vem com essa conversa!”

Amigo meu me passou um conselho que passo adiante: se precisa de um médico urgente, não chame a ambulância, mas a polícia. Chega mais rápido e é garantia de atendimento nos hospitais. Os médicos não têm coragem de recusar a internação.

Penca Preta trabalhava no Departamento de Estradas de Rodagem. No seu primeiro dia de trabalho, pediram para ele fazer a cópia de uma chave. Em menos de dez minutos o funcionário novato voltou com um papel tamanho ofício que entregou ao chefe. Era uma fotocópia da chave, frente e verso.

Sem grana no Recife, Biu Penca Preta aceitou um serviço de guia de turistas em museu. Ao avistar dois esqueletos, uma senhora perguntou: “De quem é esse esqueleto maior?” “É de Pedro Álvares Cabral”, respondeu Biu. “E esse esqueleto pequeno ao lado dele?” “Deve ser Pedro Álvares Cabral quando era menino”, disse Biu, sem muita convicção.

Eu tinha dezoito anos quando deixei minha terra pela primeira vez, pretendendo percorrer sozinho todo o Brasil, de carona. Antes da viagem, minha mãe aflita fez a recomendação final: “E lembre-se, não fale com desconhecidos”.

Biu Penca entrou numa agência de empregos e preencheu um formulário. À pergunta “por que deseja trabalhar aqui?”, respondeu: “para adquirir experiência para um emprego melhor”. Não sabia ele que o momento em que a pessoa mais se aproxima da perfeição é quando preenche um formulário de admissão a um emprego. Foi dispensado da entrevista.

Prova de admissão à Rede Ferroviária. Conhecido professor tinha boas amizades na empresa e arrumou para que a prova fosse feita em seu colégio, com tudo combinado para ajudar os jovens amigos, entre eles Biu Penca Preta. Foi sugerido que fosse entregue a cada um a prova preenchida para aprovação geral. Distribuídas as folhas, Biu falou: “Eu quero uma prova nova. Esta é de segunda mão e já está toda preenchida”.

Trabalhando na repartição da estrada de rodagem, Biu Penca Preta foi chamado ao escritório: “Quando erramos seu salário no mês passado, adicionando 200 reais, você não reclamou. Este mês em que reparamos o erro e descontamos os 200 reais do seu salário, você vem reclamar?” “É que um erro eu ainda tolero e deixo passar, mas dois já é demais!”, respondeu Biu.

Esse Biu é uma pessoa que, digamos, representa risco para o crédito. Tentando arrumar um empréstimo bancário, pediram-lhe uma cópia de conta de serviço público como atestado de residência. Levou um aviso de corte de fornecimento de água.

Se você conseguiu terminar este texto, tem um bom senso de humor. Parabéns e volte sempre. Amanhã tem mais. Se não conseguiu terminar a leitura, deve ser uma pessoa solitária. Solidão é quando você é a única pessoa na sala que não entendeu a anedota.

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